Guiné-Bissau - Covid-19: Polícia guineense "sem uma bicicleta sequer" para vigiar fronteiras

Autoridades da Guiné-Bissau mandaram fechar as fronteiras por prevenção, mas polícia queixa-se da falta de meios. Ativista social está preocupado com a indiferença de muitos cidadãos em relação ao novo coronavírus.

 A Guiné-Bissau ainda não registou nenhum caso do novo coronavírus.

 Mas as autoridades sanitárias anunciaram na segunda-feira (24.03) a existência de dois casos suspeitos de infeção, todos cidadãos estrangeiros.

 Sem avançar detalhes, o diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau, Salomão Crima, disse apenas que a os suspeitos estão sob observação.

 Outras fontes falam em cinco casos suspeitos no país.



No Hospital Nacional Simão Mendes, a principal unidade hospitalar na Guiné-Bissau, foi criado um local de isolamento para os casos suspeitos.

 Dadas as fragilidades sanitárias no país, as autoridades decidiram fechar as fronteiras.

 As únicas exceções são para o abastecimento de produtos de primeira necessidade e urgências médicas. Mas, à DW África, o comandante da polícia do setor de São Domingos, na linha da fronteira terrestre da Guiné-Bissau com o Senegal, Paulo Intipé, queixa-se da falta de meios. "Aqui em São Domingos nós temos vários caminhos clandestinos e a Guiné-Bissau, neste momento, não tem nenhum meio para fazer a cobertura.

 Estamos com falta de meios, principalmente motorizadas para ir ao fundo das matas. Tentamos, mas não podemos. Estamos aqui sentados.

 A polícia não tem nem uma bicicleta sequer", afirma o responsável.


 A falta de meios faz com que as pessoas continuem a entrar na Guiné-Bissau. São Domingos tem a linha de fronteira, a norte, com o Ziguinchor, no Senegal. Ziguinchor já registou vários casos do novo coronavírus, tal como o resto do território senegalês, a ponto de o Presidente Macky Sall decretar o estado de emergência no país.


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