Angola - Lwini quer reciclar cadeiras de rodas

A Fundação Lwini vai, nos próximos anos, dedicar-se à reciclagem de cadeiras de roda, como forma de baixar os custos com a aquisição desses meios a partir do exterior, bem como deixar de depender de doações, disse ontem, em Luanda, o director executivo daquela agremiação filantrópica.

Alfredo Ferreira, que falava durante uma cerimónia de entrega de meios de compensação para pessoas com deficiência, disse que a nível local existe muito ferro para a produção de cadeiras de rodas, devendo “apenas adquirir do exterior alguns componentes da estrutura e peças de reposição.”



Entretanto, 18 pessoas com deficiência, residentes na província de Luanda, beneficiaram ontem meios de locomoção como cadeiras de rodas normais, adaptadas e andarilhos adaptados, doados pela Fundação Lwini. 

Enquadrado no âmbito do projecto “Esperança, Mobilidade e Liberdade”, na qual foram já entregues 30 mil cadeiras de rodas, durante os últimos 20 anos, em todo o país, ontem, além dos meios de compensação, foram também doados dois computadores com software, para pessoas com deficiência visual. 


 Alfredo Ferreira, director executivo da Fundação Lwini, disse à imprensa que a realização daquele acto teve como objectivo levar carinho e amor para os que mais necessitam.

 “Esta foi a forma ideal encontrada pela fundação para acarinhar essas pessoas, minimizar as suas dificuldades e viver de perto as preocupações que mais os afligem”, disse Alfredo Ferreira.

Adilson Carvalho, um dos beneficiários, disse que a cadeira de rodas que lhe foi entregue ontem vai colmatar as enormes dificuldades que tem enfrentado nos últimos anos no que concerne à locomoção.


  Carvalho, que é membro da Associação dos Estudantes Universitários com Deficiência (Aneud) e aluno do terceiro ano do curso de Contabilidade e Administração, afirmou que além de Luanda seria benéfico se a fundação estendesse o apoio a outras pessoas necessitadas que vivem nas províncias. 


Idalina Bota, que recebeu em nome da Liga Angolana de Reintegração de Deficiência Física (Lardef), reconheceu que os meios são bem vindos, porque vão ajudar a suprir algumas das dificuldades com que se debatem os seus associados.

“Como parceiro privilegiado da Fundação Lwini, vamos, na medida do possível, fazer chegar a doação aos nossos membros que nunca tiveram uma cadeira de rodas para se locomover”, disse Idalina Bota.


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