Brasil - Brasileiros que transformam cadeira de rodas em triciclo planejam agora veículo urbano

SÃO PAULO - Depois de desenvolver um mecanismo para fazer da cadeira de rodas um triciclo com motor elétrico, os fundadores da Startup Livre, de São Paulo, querem vender seus produtos em outros países.


 Além disso, os irmãos Oliveto planejam criar a partir do próximo ano um veículo para uso urbano com velocidade de até 70km/h.



As cadeiras de rodas motorizadas, que permitem ao usuário descer escadas e subir pequenos obstáculos, como guias de calçada, já são comercializadas em todo o Brasil.

 A proposta agora é começar a vender também nos Estados Unidos.

  O produto vai se chamar Radical Freedom Machine", diz Júlio Oliveto, um dos fundadores. Apesar de já vender peças eventualmente para outros países, o planejamento é ter uma empresa norte-americana e já começar as vendas em 2017. 
Nos Estados Unidos, o público-alvo seria o de veteranos de guerra. A Startup Livre está passando pelo programa de aceleração de negócios ICV Global - Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor, iniciativa que tem participação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).


Em atuação desde 2014, a empresa vende entre 20 e 25 cadeiras de rodas mensalmente.

Todas são motorizadas e têm um preço médio de R$ 7 mil. Agora, os sócios estão perto de lançar também um modelo manual.  "Terá um preço mais acessível", assegura Oliveto.

  Expansão


Atualmente a maior parte das vendas é realizada sob demanda, mas a Startup Livre vai passar a ter uma loja física para mudar essa lógica.

 "Às vezes perdemos vendas por não ter pronta entrega", admite Oliveto. Em caso de sucesso nessa experiência, também prevista para o próximo ano, os fundadores vão expandir a loja para outras capitais.

 Outro reposicionamento tem relação com o público. Hoje o foco é o consumidor final, que é pessoa física. A ideia agora é direcionar as vendas para grupos de apoio, como o Rotary.

"Ou empresas, de uma forma geral, para atender a cota de pessoas com deficiência", explica Oliveto. Com isso, a meta da empresa seria fabricar e vender cerca de 100 cadeiras por mês.

Atualmente, o Kit Livre tem sete modelos, desde a versão para uso diário até a destinada à prátrica de esportes, dotada de outra aerodinâmica.

 Quem está ajudando a Startup Livre a rever processos é a petroquímica Braskem. Os irmãos Oliveto estão passando por diversas mentorias no Braskem Labs, programa de aceleração em parceria com a Endeavor com duração de quatro meses, até novembro, e que ajuda empreendedores a adaptar suas soluções para a demanda do mercado.

 Novo produto O novo veículo para uso urbano "seria tipo uma motocicleta de baixa cilindrada", resume Oliveto.

Embora ainda não tenham iniciado o desenvolvimento do protótipo, os donos da Startup Livre têm ciência do tamanho do desafio. Além da dificuldade no desenvolvimento da tecnologia para esse veículo, que seria algo bastante inovador, há complicações regulatórias.

 "Vamos verificar as questões de regulamentação para chegar num formato utilizado para qualquer local, pensando em uso urbano", diz.

 A ideia é criar um veículo com autonomia média de 100 km a 150 km, que consiga trafegar a uma velocidade de até 70 km/h.

O planejamento ainda é incipiente, mas os empreendedores querem iniciar o processo de desenvolvimento até o final de 2017.


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