Brasil - Acadef faz 'autoescola' para uso de cadeira de rodas motorizada

As aulas, que ocorrem três vezes por semana, mostram como usar a tecnologia dos equipamentos que custam R$ 12 mil.

 

 Dezoito cadeirantes atendidos pela Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef) sentiram o gostinho de liberdade, nesta terça-feira (7), durante as novas lições de autoescola, no bairro, Nossa Senhora das Graças. 

 

Mas não pense que se trata de habilitação para conduzir veículos adaptados.

 

 O treinamento é para saber usar a tecnologia das cadeiras de rodas motorizadas. 


O DC acompanhou um dia na rotina desse grupo e verificou que há mais segredos neste equipamento do que a gente pensa.

Os ganhos são visíveis para a auto-estima e para a independência das pessoas com deficiência.

 Constatou-se que a Lei de Acessibilidade não é cumprida na cidade, o que gera novas barreiras à mobilidade, e dificulta o aproveitamento pleno de um investimento que chega a R$12 mil por cadeira (vindas da Alemanha), feitos pela instituição através de convênio com o Ministério da Saúde.


As aulas ocorrem três vezes por semana, num total de 20 sessões, até julho. 

 

Os alunos aprendem sobre montagem e desmontagem do equipamento, transferências, manejo, uso do joystick, visão traseira, condução em diferentes tipos de solo, manobras e orientações para o trânsito.

 

 Teve até treino de baliza. 

 

“Há pré-requisitos para um paciente estar apto à cadeira motorizada”, explica o gestor de reabilitação e fisioterapeuta Jivago Di Napoli. 

 

“É feita uma triagem que avalia a patologia, a coordenação, as parte psicológica e motora.

 

” Os cadeirantes vem também de fora de Canoas, de município como Parobé, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Sapiranga. 


 Persistência no processo 


A blogueira e estudante de Serviço Social da Ulbra Caroline Constantino, 25, tem atrofia medular espinhal.

A cadeira motorizada representará liberdade e mais conforto.

“Tinha uma cadeira enorme que prejudicava a postura e a altura dos pés, o que pode provocar atrofia”, observa.

“O assento com uma almofada adequada evita úlceras de pressão.

” Foi preciso persistência em um processo que levou quase dois anos.

“A Secretaria de Saúde da minha cidade (Campo Bom) precisou primeiro fazer um convênio com a Acadef”.

A entidade entrega cerca de 25 cadeiras motorizadas ao ano desde 2013.

Para outras informações sobre o procedimento necessário, ligue 3466-9621.



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