Brasil - Após 24 anos, país ainda encontra dificuldade para incluir pessoas com deficiência

Para o secretário-adjunto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Brasil está avançando, mas esbarra no preconceito  



São Paulo – A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, que completou 24 anos na sexta-feira (24), é um avanço, porém, ainda enfrenta dificuldades para sua implementação. A lei prevê que empresas com mais de 100 empregados devem destinar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência. 


  Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o secretário municipal adjunto da Secretaria da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Tuca Munhoz, explica que as pessoas que precisam de um cuidado especial ainda são excluídas da sociedade. 


“A maior dificuldade para exercer a lei é o preconceito que cerca o direito ao trabalho das pessoas com deficiência, e também sobre a capacidade de trabalho das pessoas com deficiência.

” Diante desse cenário, o secretário acredita que houve avanços nos último cinco anos nos problemas de acessibilidade.

“O principal aspecto dessa questão é a legislação, não só a que garante vagas de emprego, mas principalmente, a de acessibilidade, que no Brasil tem crescido e mostrado resultado.

Hoje, cada vez mais são raros os edifícios públicos que não são acessíveis. Em São Paulo, 80% da frota de ônibus já têm acessibilidade para as pessoas com deficiência, e até o fim do ano será 100%.

É uma questão difícil, as cidades não foram construídas para as pessoas com deficiência, mas aos poucos, através das políticas públicas, estamos avançando.

” Munhoz afirma que apesar dos problemas, o Brasil não está longe de regiões de primeiro mundo, e coloca o país dentro de uma qualidade positiva, pois cerca de 400 mil pessoas com deficiência estão inseridas no mercado de trabalho.

. Entretanto, mesmo com alguns avanços, Munhoz diz que há uma oposição fundamentada no preconceito que prejudica uma ampliação da implementação da lei.

“No dia 24 comemoramos o aniversário da lei de cotas em São Paulo, mas no dia 23, saiu na Folha de S.Paulo um artigo em página nobre de uma advogada que não é da área, colocando questões negativas em relação à lei de cotas fundamentadas em puro preconceito, e orienta empresas com estratégias para não cumprirem a lei de cotas, e isso é negativo.”

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