Portugal - Elétricos em Lisboa não são acessíveis

Alerta é de autarca alemã, presente na capital para um encontro da rede Eurocidades sobre acessibilidades e mercado de trabalho. Pavimento de alguns locais da cidade é elogiado.



Há alguns dias em Lisboa, Barbara Berninger, chefe da divisão para União Europeia e Relações Internacionais do departamento de Desenvolvimento Urbano e Ambiente do órgão executivo de Berlim, identifica a dificuldade de pessoas que se deslocam em cadeiras de rodas em subir para os elétricos como um dos pontos negativos da cidade em matéria de acessibilidades. O problema, acrescenta ao DN, verifica-se mesmo no caso dos veículos mais modernos, que, garante, não estão preparados para cadeiras-de-rodas elétricas. 


 A também líder do grupo de trabalho da Eurocidades sobre Cidades Livres de Barreiras para Todos reconhece, porém, que é uma área que necessita de um grande investimento.

A sugestão da sua equipa é, assim, que se implemente uma metodologia semelhante à que foi adotada em Berlim na área dos transportes públicos, quando foi utilizado um veículo com soluções piloto que foram alargadas aos restantes só depois de serem melhoradas com o contributo de todos, particularmente de pessoas com mobilidade reduzida. Barbara Berninger elogia, em contrapartida, o pavimento escolhido para o Terreiro do Paço, onde a calçada coexiste com outro tipo de pavimento.

A autarca alemã mostra, de resto, que está a par do debate que tem ocorrido em torno da manutenção ou retirada da calçada portuguesa.

 "Adoro-a", assegura, ressalvando que há soluções para tornar as ruas acessíveis para todos. Até porque, sublinha, se cerca de 10% das pessoas que vivem numa cidade necessitam de condições particulares para se deslocar, 100% beneficiam da concretização dessas medidas.

A responsável sustenta, por isso, que a aposta deve passar também pela sensibilização para o problema.

E exemplifica com a existência na via pública de obstáculos como cadeiras e mesas, que afetam quer as pessoas que se deslocam em cadeira-de-rodas quer os invisuais.

"Às vezes, basta falar com as pessoas. Ninguém quer parecer estúpido", afirma, frisando que os "portugueses são pessoas bastante amáveis".

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