Guiné-Bissau já tem plano de contingência preparado. Viajantes para Bissau, Angola e Cabo Verde estão a contactar a Linha Saúde 24

Perto de mil mortos e mais de 1700 infectados na Serra Leoa, Guiné-Conacri, Libéria e Nigéria, desde Fevereiro, levaram a Organização Mundial de Saúde a organizar uma reunião, que começou ontem em Genebra, para discutir o uso de medicamentos experimentais para situações de emergência, como está a ser a epidemia do ébola em África, que a organização já declarou "emergência de saúde pública de carácter mundial".


No centro da região afectada pelo surto, a Guiné-Bissau não tem qualquer caso suspeito, mas o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, já disse que o país "não pode estar descansado" com a epidemia.

 "Quando os países ao nosso redor como a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e outros, já têm níveis de presença desse flagelo, a Guiné-Bissau não pode estar descansada e pensar que não corre riscos", pelo que a Guiné-Bissau tem um plano de contingência preparado e estava à espera que chegassem 15 toneladas de medicamentos de prevenção do ébola que foram enviadas por Portugal.

 O líder do governo pediu ainda uma mobilização da sociedade e da comunicação social para elevar o alerta e ajudar na sensibilização da população sobre o ébola.

 Ontem os portugueses prontos a viajar para Angola, Cabo Verde ou Guiné-Bissau estavam a contactar a Linha Saúde 24 para saber que cuidados devem adoptar.

 O enfermeiro Sérgio Gomes, da Linha Saúde 24, disse à Lusa que a informação que tem sido transmitida é "que o vírus ébola não está presente nestes países e aconselhamos as pessoas a ter os cuidados que qualquer viajante deve ter", com a alimentação e medicação. Em Portugal, a DGS colou cartazes nos aeroportos com informações sobre o vírus e procedimentos a adoptar.

 A reunião da OMS deve-se ao medicamento ZMapp, com que dois americanos e um padre espanhol infectados com o vírus ébola têm sido tratados com resultados promissores.

Vários médicos especialistas reuniram-se ontem para debater a elaboração de directrizes sobre o uso de medicamentos não autorizados em situações de emergência. Marie-Paule Kieny, assistente do director-geral da OMS, explica que a reunião que começou ontem quer saber se "é ético utilizar medicamentos não autorizados para tratar as pessoas e, em caso afirmativo, que critérios devem cumprir e em que condições, bem como quem deve ser tratado".

  Fonte: Veja Aqui

Comentários