Guiné-Bissau: Federação de deficientes denuncia «preconceito» contra membros

Bissau - O Presidente da Federação das Associações de Defesa e Promoção de Pessoas com Deficiência denunciou, esta quarta-feira, 12 de Junho, que a adopção de critérios teóricos ou práticos que afastam os direitos, garantidos por lei, das pessoas com deficiência, resulta em preconceito. 


Falando durante a cerimónia de entrega de cadeiras de rodas a cerca de duas centenas de pessoas com deficiência, doadas pelo Hospital de Oftalmologia da Igreja Evangélica da Guiné-Bissau, através de uma ONG norte-americana, Fransual Dias afirmou que os esforços estão a ser realizados pelas autoridades nacionais no sentido de tornar nula a sua intervenção para ratificar a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiências. Fransual Dias pediu aos guineenses para se libertarem do preconceito, para que seja construída uma sociedade mais justa, solidária e harmoniosa. «Existem muitos preconceitos neste país, preconceitos de machismo e femininos, étnicos, preconceitos cidadão de praça contra cidadão de tabanca, preconceito de cidadão fardado e cidadão não fardado, cidadão adulto contra criança e, desumanamente, preconceito sobre a deficiência», disse o Presidente da Federação das Associações de Defesa e Promoção de Pessoas com Deficiência, destacando o perigo que representa este fenómeno, que bloqueia e destrói a sociedade e que encerra sobre si falsos pressupostos de análise em sentido negativo. Fransual Dias disse ainda que uma pessoa preconceituosa considera as pessoas com deficiência como «pedintes e mendigos», em vez de criar condições para que estes cidadãos possam ter qualidade de vida através de um mercado de trabalho adequado ao seu nível. Prespectivando o futuro, o responsável disse que o país deverá, em breve, adoptar uma cultura de civilização e de «saber fazer», com base nos critérios de igualdade efectiva, e que as pessoas portadoras de deficiência na Guiné-Bissau nunca reclamaram uma parte do território nacional mas sim a construção de uma sociedade guineense justa, solidária e harmoniosa.

 Fonte: Veja Aqui

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