Exoesqueleto motorizado garante mobilidade a pacientes paraplégicos

Engenheiros da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, desenvolveram um exoesqueleto motorizado que permite que pessoas com graves lesões na medula espinhal se movimentem. O dispositivo, de peso leve e tamanho compacto, fornece aos pacientes um grau de independência sem precedentes e torna possível movimentos como ficar de pé, sentar e subir escadas. Até recentemente esses robôs eram coisa de ficção científica. Nos últimos 10 anos, no entanto, os avanços na área de robótica, tecnologia de microeletrônica, bateria e motor elétrico avançaram ao ponto de se tornarem capazes de desenvolver exoesqueletos para ajudar as pessoas com deficiência.
Estes dispositivos agem como um esqueleto externo. Eles se agarram com força ao redor do tronco. Suportes rígidos são amarrados às pernas e se estendem do quadril até o joelho e do joelho até o pé. As articulações de quadril e joelho são movidas por motores controlados por computadores eléctricos alimentados por baterias avançadas. Pacientes usam o aparelho com um andador ou muletas para manter seu equilíbrio. O líder do projeto, Michael Goldfarb, desenvolveu o sistema com financiamento do Instituto Nacional de Saúde. "Meus filhos começaram a me chamar de "Homem de ferro". É inacreditável levantar-se novamente. É preciso concentração para usar o dispositivo no início, mas, uma vez que você pega o jeito, não é tão difícil, o aparelho faz todo o trabalho. Eu não espero que ele possa substituir completamente a cadeira de rodas, mas existem algumas situações, como levar sua filha até o altar no seu casamento ou sentar na arquibancada para assistir o jogo de futebol de seu filho, onde ele será impagável", afirma Brian Shaffer, que ficou paralisado da cintura para baixo em um acidente automobilístico em 2010. Segundo os pesquisadores, pessoas que passam muito tempo sentadas em cadeiras de rodas podem ter sérios problemas de saúde, como doenças nos sistemas urinário, respiratório, cardiovascular e digestivo, assim como desenvolvimento de osteoporose, coágulos de sangue e outros males associados com a falta de mobilidade. O risco de desenvolver estas condições pode ser consideravelmente reduzido se elas ficam regularmente em pé, movendo-se e exercendo seus membros inferiores. O projeto da Vanderbilt tem algumas características únicas que garantem que ele tenha mais promessa para uso em reabilitações em casa como o design modular e o material mais leve e mais fino do que a concorrência. Como resultado, ele pode fornecer a seus usuários um grau de independência sem precedentes. Ele também é o único robô portátil que incorpora uma tecnologia comprovada de reabilitação chamada de estimulação elétrica funcional. A técnica aplica pequenos impulsos elétricos aos músculos paralisados, levando-os a contrair e relaxar e pode melhorar a força nas pernas de pessoas com paraplegia incompleta. Para paraplégicos completos, a tecnologia pode melhorar a circulação, alterar a densidade óssea e reduzir a atrofia muscular. A universidade tem várias patentes pendentes e assinou um acordo exclusivo de licenciamento para desenvolver uma versão comercial do dispositivo, que planeja introduzir em 2014.


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