Portugueses desenvolveram "outdoors" biodegradáveis

Investigadores das universidades do Minho (U. Minho) e Fernando Pessoa (UFP) desenvolveram "outdoors" biodegradáveis, feitos à base de fibras de soja, milho e bambu, um projeto pioneiro que visa a proteção ambiental, foi hoje anunciado. O projeto está a ser alvo de patente e conta com apoio de empresas nacionais e internacionais.

Segundo os investigadores, esta inovação surge 24 anos após a Lei 97/88, que proíbe o uso de materiais não biodegradáveis para publicidade, "mas que, na verdade, não está a ser cumprida".
"Espero sinceramente que os anunciantes deixem de usar materiais com propriedades tóxicas e que são prejudiciais à saúde", refere Jorge Neves, docente do Departamento de Engenharia Têxtil da UMinho.
O professor considera que os novos "outdoors" biodegradáveis poderão ter um custo "semelhante" ao dos suportes convencionais, que utilizam poliéster laminado ou revestido a resina de PVC (policloreto de vinilo).
"A União Europeia restringiu muito o uso do PVC, face aos danos causados no sistema imunitário, reprodutivo e endócrino", realçou Fernanda Viana, doutorada em Engenharia Têxtil na UMinho e docente da UFP.
A engenheira publicitária confia na aceitação desta inovação, mas lembra que, face à situação económica atual, "o anunciante tende a optar pelo baixo custo, mesmo que acarrete consequências ambientais e legais".

Fonte: Diário de Notícia – Ciência

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