Maioria dos doentes com enfarte toma medidas erradas

A maior parte dos doentes que sofre um enfarte agudo do miocárdio não sabe tomar as medidas adequadas, e muitos nem sequer identificam os sintomas, acabando por perder muito tempo até receber ajuda, aumentando o risco de mortalidade.
As conclusões resultam de um inquérito realizado no âmbito de um projeto europeu denominado Stent For Life, em Portugal há um ano, e cujo balanço é hoje apresentado.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Cardiologia de Intervenção, responsável pela introdução do pro jeto no país, o Stent For Life, visa melhorar a prestação de cuidados médicos ao doente com enfarte e o acesso àquela que é considerada atualmente a melhor terapêutica para este tipo de enfarte, a angioplastia primária, explicou à Lusa o presidente daquela associação.
Segundo Hélder Pereira, os principais problemas a resolver para alcançar essa melhoria é ensinar ao doente quais os sinais de alerta para um enfarte e o que deve fazer nessa circunstância: "o doente deve sempre, mas sempre, chamar o INEM e nunca dirigir-se sozinho para o hospital ou adiar a resposta aos sintomas que apresenta".
"O INEM está equipado com aparelhos que permitem diagnosticar o enfarte e sabe encaminhar o doente para o hospital mais próximo que faz cardiologia de intervenção, contacta-o e quando o doente chega aos centros já está a logística preparada", explicou.
Além disso, se no caminho o doente tem uma arritmia fatal -- principal causa de morte pré-hospitalar -- é socorrido imediatamente pelos profissionais do INEM, que reduzem a arritmia com fármacos, afirmou, acrescentando que a sobrevivência nestes casos é de cem por cento.

Fonte: Diário de Notícias

Tudo isso acontece, porque nem todos tem acesso aos meios de informação, e nem todos sabem o que esta a acontecer, quando estão a ter o ataque cardíaco.

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