Hospital de Santa Maria dificilmente sobreviverá a cortês de 25%



O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, prepara-se para sobreviver a cortes no financiamento devido à crise e ao novo hospital de Loures, mas o seu administrador garante que, se a redução for de 25 por cento, dificilmente sobreviverá.
O corte de 25 por cento do financiamento do maior hospital do país é uma das várias previsões do impacto da abertura do novo Hospital de Loures, que só no final de Fevereiro abre todos os serviços, e que deverá receber essa percentagem de doentes.
"Se nós reduzimos o número de doentes que nos procuram directamente, isso tem um reflexo directo no nosso financiamento, uma vez que os hospitais, Entidades Públicas Empresariais (EPE), são financiados consoante o que fazem", disse o administrador, João Correia da Cunha.
Apesar de não avançar com precisão o número de doentes que a Santa Maria perderá para o novo hospital de Loures, que abriu no dia 19 de Janeiro, o director clínico reconhece que esta abertura terá um impacto e que uma das consequências será a diminuição do financiamento.
Um dos valores que tem sido levantado é na ordem dos 25 por cento, o que representaria menos 100 milhões de euros por ano, já que anualmente o hospital é financiado em 400 milhões de euros.
"Não sei se é esse o valor", mas "é evidente que, se pusermos a coisa assim, nenhuma estrutura com estas características sobrevive a um corte de 100 milhões de euros", adiantou.

O administrador garante que há medidas que vão ser tomadas para minimizar este impacto e que passam por uma "optimização dos recursos, o aumento da referenciação, a abertura a doentes de outras áreas e protocolos com outras unidades e regiões".
João Correia da Cunha recusa-se a fazer uma relação de causa efeito entre a redução de financiamento e os Despedimentos e afirma que "à questão do financiamento", subordina "o cumprimento da missão".
O hospital tem na ordem dos 190 milhões de euros de despesas com pessoal e 165 milhões de euros com medicamentos.
O director clínico da Santa Maria destaca a capacidade que os fornecedores têm manifestado para entender a falta de pagamento, uma vez que o maior hospital do país é também um dos maiores devedores.

Fonte: Correio da Manhã

Nelson F. A. Mendes
Não consigo compreender essa politica que o governo português está a adoptar, porque penso que um pais que carta nos investimentos na saúde e na educação, volta para traz no seu nível de desenvolvimento.
Para mim, o que esta a acontecer é uma vergonha.

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