O Meu Internamento de Emergência no Hospital da Amadora Sintra.

No passado dia 21 de Outubro de 2010, foi um dos dias tristes na minha vida, durante todos estes anos, após a minha doença. Foi o dia que a enfermeira Teresa, que trabalha no Centro de Saúde do Rio do Mouro, nos cuidados continuados, descobriu uma bolha cheia de pus na minha perna esquerda, que estava a fazer-me febre há quase uma semana.
Com a abertura da bolha, saiu uma enorme quantidade de pus, e com o susto, a enfermeira Teresa resolveu ligar para a médica no Centro de Saúde, que resolveram enviar-me de emergência para o hospital da Amadora Sintra. Chegando ao hospital, depois de algumas horas a espera, fui atendido por uma médica, que me fez alguns exames e consultou o relatório que eu tinha levado, do cirurgião plástico, doutor Nuno Ramos e a carta da médica do Centro de Saúde do Rio do Mouro. Foi então que ela resolveu enviar-me para o hospital São Francisco Xavier, dado que o doutor Nuno Ramos trabalha neste hospital, para poder ser visto por ele.
Chegando ao hospital São Francisco Xavier, depois de maias de quatro (4) horas à espera, fui atendido por um médico, que nesse dia estava mal disposto e carrancudo, e mesmo vendo os relatórios, de que estou a ser seguido pelo doutor Nuno Ramos, (colega do trabalho), resolveu enviar-me de volta para o hospital da Amadora Sintra, dizendo que também havia médicos cirurgião plástico no hospital da Amadora Sintra que podia tratar do meu caso.
Chegando de volta, as 23:45, ao hospital da Amadora Sintra, a médica resolveu internar-me, mas só que não havia vagas nos quartos e passei três (3) dias internado no corredor. E esses três (3) dias foi um pesadelo na minha vida, e que nem consigo desejar esses dias para os meus piores inimigos. Foram dias de horror e desespero. Foi um dos piores dias da minha vida ao longo de todos estes anos da minha doença.
Poço dizer por experiencia própria, que profissionais de saúde (os enfermeiro, as auxiliares e os próprios médicos), correm um grande risco ao nível da sua própria saúde e de esgotamento no trabalho.
Posso dizer, tudo o que eu passei nestes três (3) dias internado no corredor não dá para acreditar; É que há muitos doentes para poucos profissionais de saúde a trabalhar neste hospital.
Na realidade, eu tenho muita pena e dor das pessoas com deficiências e dependentes das outras pessoas, (Tetraplégicos e pessoas com AVC graves), como é o meu caso, a irem de emergência ao hospital da Amadora Sintra e serem internados.
Passados os três (3) dias internado no corredor, fui transferido para o quarto, com a pressão de uma enfermeira e da minha irmã à frente do médico, para o serviço de cirurgia plástica, onde voltei a ser observada pela médica e pelo médico e fiquei mais treze (13) dias internado a fazer tratamentos com antibióticos.
Agradeço a Deus, que por agora pude estar em minha casa sem febre e dor na minha perna esquerda; E que também já consegui falar com o doutor Nuno Ramos que marcou-me uma consulta para o dia 18 de Novembro de 2010, no hospital Egas Moniz.
Aproveito para agradecer a todas as pessoas amigas ou amigos, pessoas anónimas, todos os amigos ou amigas do Deficiente-Fórum do site Rodinhas e do Blogue Tetraplégicos, principalmente no Facebook, que torceram pela minha recuperação.