São Tomé e Príncipe - Missão portuguesa de otorrinolaringologia assinala dez anos em São Tomé e Príncipe

A missão portuguesa de otorrinolaringologia assinalou dez anos em São Tomé e Príncipe, onde ainda há “um número de pessoas com deficiências auditivas acima do expectável”, embora tenham diminuído casos de infecções crónicas de surdez.


 Os trabalhos desta missão em São Tomé e Príncipe começaram em 2011 no âmbito do projecto Saúde Para Todos, tendo sido realizadas até ao momento 33 missões, compreendendo múltiplas consultas, cirurgias e formação aos profissionais de saúde são-tomenses, bem como o apoio à integração da comunidade surda.


 “O maior beneficiário foi a população de São Tomé e Príncipe”, afirmou o ministro da Saúde, Edgar Neves, referindo que “muitos problemas foram resolvidos e variadíssimas famílias sentiram-se com a qualidade de vida melhorada em diferentes faixas etárias”.


Durante uma palestra de balanço dos dez anos da missão de otorrinolaringologia em São Tomé e Príncipe, Edgar Neves destacou ainda que “o rastreio auditivo neonatal” é “uma outra intervenção muito importante, mas ainda com menos visibilidade” realizada por esta missão e que coloca São Tomé e Príncipe no grupo reduzido dos países africanos com esta intervenção.

 A chefe da missão, Cristina Carroça, enumerou alguns progressos alcançados na área de otorrinolaringologia em São Tomé e Príncipe pelas diferentes missões. “Chegámos à identificação da rubéola como um dos factores de risco para a surdez, o que levou à implementação da vacina da rubéola em São Tomé e Príncipe [...], tentamos adaptar as próteses auditivas às crianças que tenham possibilidade de adaptar as próteses auditivas para tentar integrá-las numa sociedade ouvinte”, precisou, referindo que “ao longo destes dez anos têm diminuído bastante o número de infecções crónicas [de casos de surdez], o que já permite uma reparação com maior sucesso”


. A saúde é desde sempre um dos pilares de intervenção da cooperação portuguesa em São Tomé e Príncipe, e um dos sectores que lhe confere maior visibilidade, nomeadamente através da implementação do programa Saúde para Todos,” afirmou o embaixador português em São Tomé, Rui Carmo. O diplomata português recordou que inicialmente o principal investimento da cooperação portuguesa “foi para a rede de cuidados primários e preventivos, apoiando o funcionamento de cerca de 30 centros e postos de saúde espalhados pelo país”, tendo evoluído e multiplicado as acções.


O ministro da Saúde são-tomense deixou agradecimentos à cooperação portuguesa e aos profissionais que integraram as diferentes missões a São Tomé e Príncipe. “Tudo isso não seria possível sem a cooperação portuguesa que consente sacrifício de toda ordem, mas [esteve] sempre presente, sempre connosco, sempre juntos”



, disse. Fonte da Noticia – Veja Aqui

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