Moçambique - Classe médica moçambicana exige intervenção do Presidente para pôr fim aos rapto

Associação dos Médicos de Moçambique e a Ordem dos Médicos de Moçambique reagem aos raptos de dois colegas em menos de 24 horas 

 A Associação dos Médicos de Moçambique e a Ordem dos Médicos de Moçambique dizem-se aterrorizadas com a deterioração da situação de segurança no país, o que, na opinião de alguns analistas, deve-se à relutância do Governo em ir buscar meios para ter uma polícia mais eficaz na luta contra os raptos, para além da corrupção no seio da instituição.

 A inquietação daquelas organizações segue-se ao rapto, na quinta-feira, 7, do médico Basit Gani, a prestar serviço no Hospital Privado de Maputo, o segundo em menos de 24 horas na capital moçambicana.

As duas agremiações exigem a intervenção do Presidente da República, através das instituições que dirige, para pôr fim aos raptos.

 "A situação de segurança dos moçambicanos está a piorar a cada dia que passa, agravada por actos criminosos e mina a confiança necessária nas instituições públicas", lamenta o Pressidente da Associação dos Médicos de Moçambique, Milton Tatia.

 Por seu turno, o Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique, Gilberto Manhiça, considera que a segurança é condição primordial para o sucesso de qualquer actividade, por isso sem ela não se pode cuidar dos pacientes com a serenidade necessária.

 Para o jornalista Fernando Lima, o combate aos raptos sempre vai ser problemático porque as forças da lei e ordem "têm graves deficiências em termos de recursos humanos e meios materiais". 


Lima avança que sem esses meios "é impossível um combate eficaz ao crime em geral e aos raptos em particular, e, nesta questão específica de raptos, é do conhecimento público que alguns elementos da polícia consideram que esta é uma forma do seu próprio benefício em termos materiais". 

 "Sem este combate eficaz no seio da própria polícia é muito difícil essa eficácia contra raptos, e não é por acaso que ainda nesta semana foi substituido o director-geral do Serviço Nacional de Investigação Criminal", realça aquele analista político.

 A mesma opinião tem o também analista políticoMoisés Mabunda, para quem "há um verdadeiro caos na polícia, temos agentes envolvidos com os criminosos e isso não-nos deixa sossegados como moçambicanos". Entretanto, Fernando Lima diz ter conhecimento de que várias ofertas têm sido feitas, sistematicamente, às autoridades moçambicanas, e apesar disso, os raptos não páram.

 O Governo de Moçambique sabe onde onde ir buscar os meios para ter uma polícia mais eficaz, e o governo não vai buscar esses meios porque, segundo Lima, "a correlação de forças, muitas vezes no seio de uma área muito sensível como são as forças de defesa e segurança, não permite que esses mecanismos sejam 


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