Brasil - as com deficiência participam do 30º Congresso da ABQM

O último dia do 30º Congresso Nacional da ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha) teve como um dos destaques a participação de pessoas com deficiência (PCDs). ~

Sete paratletas participaram das provas de Paratambor, uma adaptação dos 3 Tambores, no evento, que aconteceu de 26 de maio a 6 de junho no Recinto de Exposições de Araçatuba.

 A maior raça equina do mundo foi a primeira a lançar uma modalidade paratleta nas competições do cavalo Quarto de Milha realizadas no Brasil

. As provas para PCDs são divididas em quatro níveis (Handcap 1, 2, 3 e 4) e são realizadas pela ABQM desde 2016.

 Mais do que uma categoria, para os amantes dos cavalos o paratambor proporciona oportunidade para todos e conta histórias de superação, como as de Gustavo Diniz e de Murilo Carleto.

Diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), os dois praticam equoterapia em Carapicuíba (SP) desde 2010.

 Com a evolução e o bom desempenho nas sessões, em 2016, Gustavo e Murilo passaram a competir, e, em 2017, a participar dos eventos da da ABQM.

 Gustavo foi campeão no nível Handcap 2, e Murilo, no Handcap 4. Os dois competiram com o mesmo cavalo, Rey James ZD (de propriedade de Cledson Rodrigues, que firmou parceria com a hípica), e são treinados por Eliane Cristina Baatsch e equipe (Gabriel Martins,

 Cledson Rodrigues e Manoel Jesus). A equoterapeuta e instrutora de equitação explica que o trabalho é específico, minucioso e técnico. 

“É preciso muito treinamento e dedicação, pois o animal precisa compreender o paratleta em seus comandos adaptados, que são diferentes do seu treinamento tradicional”, diz.


Segundo a profissional, Gustavo e Murilo começaram o tratamento como intervenção terapêutica, com o objetivo de melhorar o quadro diagnóstico, mas o esporte acabou fazendo diferença na vida dos dois. “Trabalhar com estes atletas é prazeroso e surpreendente, pois eles são autoconfiantes, aceitam os desafios e superam os seus limites em cada competição, não importando a classificação final”, disse ela. 

 Método terapêutico que utiliza o cavalo, as técnicas de equitação e as práticas equestres, além de uma abordagem interdisciplinar das áreas de equitação, saúde e educação, a equoterapia busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências físicas, intelectuais e social. Regulamentada pela Ande-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia), a técnica também é regulamentada e reconhecida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).

 Os animais devem ser treinados para a montaria e a aceitação de materiais equestres adaptados, pedagógicos e fisioterapêuticos, além de equipamentos para a equitação e equoterapia.


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