Guiné-Bissau - Morte de ativista em Bissau traz à tona fragilidades do sistema de saúde

 O debate em torno dos problemas no sistema de saúde da Guiné-Bissau subiu de tom depois do falecimento, na semana passada, do ativista Bernardo Catchura por alegada negligência médica no Hospital Nacional Simão Mendes.

 Na Guiné-Bissau continua aceso o debate sobre a "ineficácia" do serviço nacional de saúde do país, depois da morte do ativista Bernardo Catchura, de 39 anos, há quase uma semana.

A fragilidade do sistema é reconhecida por todos, mas não são ainda conhecidos planos para reverter a situação que vem de há muito.

 O presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), Seco Duarte Nhaga, mostra-se revoltado com a situação.

 "É vergonhoso para o Estado da Guiné-Bissau os cidadãos continuarem a morrer por questões básicas.

 Ninguém morre hoje em países minimamente organizados por falta de oxigénio, apenas na Guiné-Bissau", lamentou.



Falta de recursos humanos


O Hospital Simão Mendes nega que o ativista tenha morrido por falta de oxigénio.

 Segundo os responsáveis, na altura em que o ativista lá chegou, não havia espaço para mais doentes. Entretanto o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades no caso e esta quarta-feira (03.02), a polícia deteve dois médicos, suspeitos da morte. Profissionais de saúde no país deparam-se com falta de infraestruturas e de equipamentos essenciais .

Para o médico Hedwis Martins, não há como ignorar os muitos problemas no sistema nacional de saúde da Guiné-Bissau.

 "Havia um compromisso assinado relativamente à utilização de 15% no Orçamento Geral do Estado para o setor de saúde, mas até então o setor continua a receber 8, 9 e 10%.

 Também os recursos humanos, até então há uma escassez enorme.

 Além de muita incompetência de muitos, há uma escassez de uma grande parte dos técnicos que vão poder melhor ajudar e dar resposta",diz.


  Segundo sistema de saúde mais frágil do mundo.


 Profissionais de saúde no país deparam-se com falta de infraestruturas e de equipamentos essenciais. Para o médico Hedwis Martins, não há como ignorar os muitos problemas no sistema nacional de saúde da Guiné-Bissau.

"Havia um compromisso assinado relativamente à utilização de 15% no Orçamento Geral do Estado para o setor de saúde, mas até então o setor continua a receber 8, 9 e 10%.

 Também os recursos humanos, até então há uma escassez enorme. Além de muita incompetência de muitos, há uma escassez de uma grande parte dos técnicos que vão poder melhor ajudar e dar resposta", diz.

 Profissionais de saúde no país deparam-se com falta de infraestruturas e de equipamentos essenciais.

 Para o médico Hedwis Martins, não há como ignorar os muitos problemas no sistema nacional de saúde da Guiné-Bissau.


"Havia um compromisso assinado relativamente à utilização de 15% no Orçamento Geral do Estado para o setor de saúde, mas até então o setor continua a receber 8, 9 e 10%.

 Também os recursos humanos, até então há uma escassez enorme.

 Além de muita incompetência de muitos, há uma escassez de uma grande parte dos técnicos que vão poder melhor ajudar e dar resposta", diz. Segundo sistema de saúde mais frágil do mundo.

 Na Guiné-Bissau, há um médico por quase 6.000 mil habitantes. Muitos quadros "fogem" para o exterior. Os profissionais de saúde no país deparam-se com um problema crónico de falta de infraestruturas e de equipamentos essenciais.

 De acordo com as Nações Unidas, o país tem o segundo sistema de saúde mais frágil do mundo, logo a seguir à Somália.

  No ano passado, a ONU alertou para o possível "colapso" do sistema com a pandemia da Covid-19.

 Segundo o diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, Agostinho Semedo, a greve em curso na Função Pública, a que aderiram também técnicos de saúde, não ajuda em nada a situação no terreno.


"Há greve num país em que foi declarado o estado de calamidade, em que não é possível fazer uma greve. Viram ou ouviram na comunicação social, em outros países, que os profissionais de saúde estão em greve neste período de Covid-19?

 Em Portugal existe? Não existe. Mas na Guiné-Bissau fazem-na porquê?", questiona.

 Os profissionais exigem o pagamento de dívidas em atraso e a elaboração e aplicação do Estatuto do Pessoal de Saúde, mas ainda não chegaram a acordo com o Governo.



  Fonte da Notícia – Veja Aqui

Comentários