Portugal - DGS esqueceu o desporto para deficientes, diz Comité Paralímpico

As normas da DGS para a retoma da atividade desportiva não incluem o desporto para pessoas com deficiência.


 O Comité Paralímpico alerta ainda para o custo dos testes num movimento associativo composto maioritariamente por voluntários.


 A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou as orientações para a retoma de parte da atividade desportiva. Porém, a notícia foi recebida com críticas do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), que afirma que as normas “não respondem às necessidades”, ignorando o desporto para pessoas com deficiência.


“As normas ignoram completamente o desporto para deficientes, a maioria das quais estão em grupos de risco”, afirmou o presidente do CPP, José Lourenço, à agência Lusa.


 Para o representante do desporto para pessoas com deficiência, é de lamentar que o documento da DGS “não faça qualquer menção ao desporto adaptado”.


 O documento da DGS agrupa diferentes modalidades de acordo com o risco de contágio do coronavirus, mas não considera as modalidades adaptadas.


 José Lourenço dá o exemplo do boccia, o goalball e o râguebi em cadeira de rodas, que estão sob a alçada da Federação Portuguesa para Pessoas com Deficiência.

 
 O presidente do CPP considera ainda que o documento “não é nada explícito” no que se refere às modalidades que estão sob a alçada das federações de modalidade.


“O andebol ou o basquetebol em cadeira de rodas são, naturalmente, diferentes da modalidade praticada por pessoas sem deficiência”, afirma à Lusa, reiterando:  “Não há preocupação arupo de risco que são as pessoas com deficiência.”

 As normas “colocam em causa a viabilidade do próprio desporto, porque as camadas jovens e de formação não são contempladas”. José Lourenço receia ainda “que possam existir muitos atletas que vão deixar a prática desportiva e trocá-la por outras atividades”, lembrando que “no desporto para pessoas com deficiência o recrutamento é muito difícil”.


  Paralelamente, a divisão dos desportos em categorias de risco comporta ainda o problema dos custos dos testes de rastreio à covid-19. 


ão foram dados apoios extra e agora os clubes e associações ainda se veem confrontados com os custos elevados, tendo em contra a cadência de testes que é expetável que se faça”, sublinhou, lembrando que o “movimento associativo é feito, na sua maioria, de gente voluntária”.

 O CPP defende uma “classificação urgente da norma” e a “criação de uma linha de apoio que permita que os clubes possam assegurar os testes, sem nunca descurarem a saúde”.



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