Brasil - Interatividade: nova rede social conecta pessoas com deficiência

Iniciativa permite o desenvolvimento de atividades de apoio e aprendizagem virtual que podem contribuir para a reabilitação Imagine uma rede social em que pessoas com deficiência e familiares podem compartilhar experiências, conhecer pessoas e encontrar informações de qualidade. 

A proposta é do projeto Deficiência, desenvolvido pela Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto, em parceria com as universidades federais de Minas Gerais, do Pará e do Oeste do Pará, além da Universidade de Dortmund, da Alemanha.



Cuidadores e profissionais da área também podem participar da nova interface. 

Para navegar, é necessário apenas criar um perfil para interagir com as pessoas por meio de postagem de fotos, vídeos, reportagens e artigos. 

O principal benefício da plataforma é a presença de conteúdos confiáveis, com supervisão constante de representantes do setor. 


Auxílio 


 A iniciativa tem o propósito de permitir que pessoas com deficiência compartilhem as dificuldades e recebam auxílio no processo de reabilitação, inclusão social e autonomia.

A “D+eficiência” surgiu a partir da tese de doutorado da professora da Escola de Enfermagem da USP Fabiana Castro, defendida na Universidade de Dortmund, em 2012.

Os interessados podem obter mais informações pelo e-mail fabifaleiros@eerp.usp.br.



 Durante o estudo, a professora percebeu que pessoas com espinha bífida, a má formação das vértebras que recobrem a medula espinhal, sentiam dificuldade para realizar o cateterismo vesical intermitente – a coleta da urina por meio de um cateter, que vai desde a uretra até a bexiga, procedimento necessário para quem apresenta a condição.

 Por causa dessa dificuldade, a pesquisadora notou que os alemães interagiam a partir de redes de bate-papo virtuais para trocar informações sobre o procedimento, o que a impulsionou a desenvolver a rede social.

“Ao constatar o uso de fóruns virtuais como instrumento de educação e apoio aos indivíduos, surgiu a motivação para aprofundar estudos sobre novas tecnologias educacionais, voltadas à reabilitação de pessoas com espinha bífida”, explica Fabiana Castro.


Dinamismo


Inicialmente, a ideia era criar um fórum no Brasil semelhante ao da Alemanha.

A ideia chegou a ser avaliada, porém, durante a criação do espaço, os pesquisadores perceberam que uma plataforma com uma interface mais dinâmica seria mais interessante.


A “Deficiência” é uma rede social que abrange não apenas a condição das pessoas com espinha bífida, mas qualquer deficiência. 

“Esse tipo de estratégia, uma rede acessível de apoio e aprendizagem virtual, pode contribuir com a reabilitação e qualidade de vida das pessoas com deficiência e familiares”, explica a docente. 


 O projeto é coordenado pela professora, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Edital Tecnologia Assistiva no Brasil e Estudos sobre Deficiência.


Fonte da Noticia – Veja Aqui

Comentários